Confissões e Antes do Baile Verde

Um dia desses uma amiga me fez uma revelação. Eu estava lendo Antes do Baile Verde, de Lygia Fagundes Telles e disse, mais uma vez, que ela é uma de minhas escritoras favoritas, lembrando de uma viagem que fizemos à praia, na época do vestibular, em outra vida. ⁠

Éramos três amigas e tínhamos acabado de ler As Meninas, uma das leituras obrigatórias para o vestibular. Eu havia ficado hipnotizada por aquela história. Assim que nos vimos sozinhas na casa de praia, eu nos intitulei como As Meninas, e escolhemos, cada uma, uma das personagens. ⁠

Ela aproveitou a deixa e disse, em tom de confissão, que não tinha gostado do livro, e nunca tinha conseguido gostar da autora, mas que tinha medo de me contar. Só aí me ocorreu que eu talvez fosse um pouco extrema nas minhas paixões e que posso, involuntariamente, intimidar a opinião alheia.⁠

Bom, vou tentar compartilhar minhas leituras aqui sem parecer definitiva ou categórica.

Em Antes do Baile Verde, a narrativa é concisa e intimista. Mesmo a crueldade, quando aparece, é sutil e sorrateira. Os contos falam de instantes esticados no tempo, um momento desdobrado ou um objeto destrinchado até revelar as tensões latentes e as frustrações contidas nos personagens. Segredos, verdades, traumas se esgueiram pela narrativa, revelados nas entrelinhas e nas frases não ditas dos diálogos.⁠

A leitura confirmou meu favoritismo pela autora.

A propósito, acabei de me tornar associada da Amazon. Então, se quiser comprar este livro, pode encontrá-lo na Amazon por este link: https://amzn.to/3sWeKCP